Eduardo Nicola Berardinelli, nasceu aos 28 de Maio de 1944, filho de Ginsepe Berardinelli e de Domingas Berardinelli, natural de Porto Amboim Província do Kwanza Sul. Nicola Berardinelli, aparece no 1º de Agosto depois de ter jogado no Sporting de Luanda, no Benfica e mais tarde na Huíla para cumprir serviço militar obrigatório. Em 1977 deixa a província da Huíla e ruma para o Huambo representando o Vitória de Silva Porto e depois seguiu para o Recreativo do Uíge, onde terminou a carreira futebolística e também a vida militar.
Face ao reconhecimento de Nicola, em 1978 o General França Ndalu, homem forte das oficinas militares, manda chamar para este liderar a “aeronave” militar ou seja a comandar a equipa sénior de futebol e torna-la numa das melhores de África. Com uma visão caleidoscópica, o Sr. General Ndalu incumbe a Nicola, uma viagem à Hungria onde beneficiou de formação para treinadores num período de 12 meses. Em 1979, regressou a Angola e assume o plantel militar, na altura comandado pelo então jogador e médico Eduardo dos Santos. Nicola ganhou o primeiro campeonato de futebol, em uma altura que a equipa dispunha de um lote de jogadores rico e um dos melhores de África. Napoleão, o décimo melhor guarda-redes de África nomeado pela Revista Francesa J´EUD AFRIC, na década de 80, Agostinho, Garcia, Lourenço, Ndunguidi, Zeca, Mascarenhas que foi solicitado directamente por Nicola Berardinelli entre outros jogadores militares. Nicola, um homem cheio de vida e experiência, responsável, que sabia liderar a equipa e sobretudo a sua família, inclusive, nos momentos cruciais e decisivos sabia lidar com os desafios que enfrentava no clube militar. De recordar que o técnico, foi o homem que impulsionou Viera Dias atleta que actuava na posição de guarda-redes para ponta de lança. Foi Nicola Berardinelli que ajudou o jogador Carlos Alves a colocar a camisola número nove (9).
Volvidos alguns anos na vida de Nicola Berardinelli marcada por enfermidades, que o levaram a realizar vários tratamentos médicos mas sem melhorias, em Junho de 2018 quando tudo parecia evoluir para melhor, o quadro clínico degenerou. Face as dores que o causavam alguma inquietação, desloca-se a Portugal onde permaneceu internado até a data da sua morte dia 22 de Julho.
Nicola fina aos 74 anos, era uma pessoa de trato fácil, humilde, amoroso e respeitoso.